Bons motivos para a pirataria

Está em estudo no Ministério da Fazenda a criação de um imposto de 1% sobre a manufatura e comercialização de livros para criar o Fundo Pró-Leitura, uma reserva monetária que incentivaria a população brasileira a criar o hábito da leitura e da compra de livros. Este fundo seria gerido por um comitê do Ministério da Cultura que tomaria ações para que a população passasse a ler mais.

Resumindo, um imposto sobre o livro que hoje em dia já é caro, e que vai ficar ainda mais caro, tornando-se mais inacessível, para incentivar pessoas a comprar (e ler) os mesmos livros que elas não compram hoje, por causa do preço. Soa estranho, não?

Qualquer pessoa que passe por uma faculdade no Brasil sabe o quanto é difícil conseguir material de pesquisa. As bibliotecas nem sempre estão atualizadas, os preços dos livros técnicos são altos, e ainda tem-se que conviver com a possibilidade de que aquela xérox que todas as faculdades tem, pode ser fechada a qualquer momento por estar pirateando produção intelectual.

Quando o assunto é leitura por prazer, qual é a biblioteca que tem os últimos livros que saíram? Quantos exemplares? Ela é próxima da sua casa, tornando-se acessível para que todos da comunidade possam usufruir do seu acervo?

Pois é, e quando você decidir comprar este ou aquele livro, logo estara pagando mais caro, apenas para o governo ter um imposto que provavelmente será como a CPMF, que nunca foi para a saúde.  Depois perguntam qual o motivo que leva alguém a piratear livros, cds ou filmes. Acho que essas pessoas nunca ouviram falar sobre a dificuldade de acesso que uma camada da população brasileira tem no acesso à cultura. Mais informações aqui e aqui.

Harry Potter e Avon

 

Harry Potter e as Relíquias da Morte

Este fim de semana na casa da minhã mãe acabei folheando uma daquelas revistas da Avon, e no meio de um monte de batons, utilidades do lar, sutiãs e calcinhas acabei achando algo bem interessante: os três últimos livros do Harry Potter a R$ 24,90 cada, com um desconto de R$ 3.

 

Como não havia comprado o Ordem da Fênix e o Relíquias da Morte por causa do preço exorbitante que as livrarias andam pedindo, acabei encomendando os dois. Só para se ter uma idéia, o livro 5 – Harry Potter e a Ordem da Fênix mais barato que consegui encontrar aqui em Brasília foi R$ 45,90, e o Relíquias da Morte chegou a ter um preço na casa dos R$ 30 nas Americanas, mas em todos os lugares que vi recentemente estava de volta na casa dos R$ 40.

Vale a pena lembrar que livros são uma das coisas mais caras no Brasil. Apesar de inúmeras campanhas de leitura por ai a fora, nossas bibliotecas são bem ultrapassadas em matéria de acervo, e quando ele é técnico, fica ainda mais. Lembro que na biblioteca da UnB era possível encontrar livros velhos sobre informática, mas nada novo e atualizado. E se nas bibliotecas não tem acervo, imagina alguém que está querendo emprego comprar livros a mais de R$ 100 reais, numa boa estimativa, afinal livros de informática são uns dos mais caros. Ler para se divertir então… 

Tenho diversas coleções em casa que nunca terminei porque o preço dos livros não me permitiram. Bem, pelo menos o Harry Potter eu consegui, apesar de já ter lido os livros a muito tempo.

Eragon – 3º livro lançado

Finalmente foi lançado o terceiro livro da série herança, cujo o nome é Brisingr, e que provavelmente deve chegar no Brasil em breve. Para quem não sabe do que estou falando, Brisingr é o terceiro livro de Cristopher Paolini, um escritor norte-americano que aos 18 anos escreveu Eragon, um livro que conta a história de um dragão e do último cavaleiro de dragões.

Inicialmente previsto para ter apenas três livros, a série foi acrescida de mais um que não tem data para ser lançado, e que deve demorar muito já que Brisingr levou três anos para ser concluido. Na minha visão Eragon foi um bom livro, descontando é claro as milhares de influências que podem ser encontradas no livro, tais como a ordem dos cavaleiros de dragão ser muito parecida com os Jedis, e o mundo inteiro ser bem parecido com a Terra Média de Tolkien. Mas isso não tira a graça do livro, o que hoje em dia já é muito, afinal cópias de coisas famosas temos aos montes e todas elas fracassam, mas Eragon teve sucesso, e isso levou ao segundo livro, Eldest.

Eldest já melhora muito em relação ao primeiro livro, mas novamente tem muitos pontos em que a trama é parecida com outros livros/filmes, mas Paolini melhora e muito a narrativa e começa a construir sua própria mitologia em volta dos personagens. Eu apenas gostaria que ele ousasse um pouco mais, tirasse um coelho da cartola e fizesse algo inovador, como o irmão do mal na verdade ser muito bonzinho e salvar o dia, ou simplesmente dar um motivo bem humano ao tirano. Bem, vamos ver o que acontece neste terceiro livro, já vou acabar lendo mesmo. Aqui no Brasil o livro será lançado pela Rocco e ainda não tem data de lançamento.

A Guerra das Bibliotecas (Toshokan Sensou)

Na imaginária era Seika, as bibliotecas têm seus pequenos exércitos prontos para proteger os livros das mão de um certo comitê de sensura, que visa dizer o que pode ou ser lido e publicado. No meio desta disputa, uma jovem decide se alistar na força da biblioteca para proteger  os livros, assim como um dia o livro que ela queria ler foi protegido por alguém desta mesma força.

Assim é a trama de Toshokan Sensou – 図書館戦争 -, a Guerra das Bibliotecas, que é um anime que está passando no Japão. Muito bem animado, ele desenvolverá  as aventuras de Iku Kasahara, uma nova recruta na Biblioteca de Kanto. Lá além de enfrentar o difícil treinamento, ela terá de lidar com sua vida amorosa, seus pais e o choque entre a realidade e seus ideais.

A animação é muito bem feita, as músicas de fundo também tudo a cargo do estúdio Production I.G e passando na Fuji TV. Até agora vi 4 episódios e pretendo acompanhar a série. A trama lembra um pouco Fahrenheit 451, mas tem muito mais ação e comédia. Até agora, ótima diversão.