O deus da guerra alça voo

O foguete Ares, o mais novo veículo espacial norte-americano fez seu primeiro teste nesta quarta-feira 28. O teste foi um sucesso e novos devem seguir em breve. O nome Ares vem do deus da guerra grego e este é o maior foguete já feito na Terra. O foguete deve levar a nova missão à Lua, se e que ela vai ocorrer, graças a falta de verbas que a Nasa anda enfrentando.

O que mais me chama a atenção, é que no último Defying Gravity, apareceu esta pergunta: Porque gastar tanto no espaço quando se tem tanta coisa acontecendo na Terra? A resposta é simples: o progresso que a pesquisa gera pode ajudar em tantas áreas que o investimento valhe a pena.

Segue o video do lançamento.

É o progresso, estúpido!

Já passamos do ano 2000, teoricamente vivemos em um futuro muito sonhado por milhares de pessoas que como eu nasceram na década de 70 (no final, mas ainda 70). É impressionante ver como conseguimos chegar a este ponto da história sem holocausto nuclear ou uma terceira grande guerra mundial, e é frustante ver que a maioria dos sonhos continuam sonhos.

Tirando os carros voadores e a felicidade mundial, os terráqueos avançaram pouco em áreas que as pessoas consideravam conquistadas a 20 anos atrás. Naquela época todos pensavam que teríamos turismo espacial de larga escala, colonias submarinas, fontes de energia inesgotáveis e por ai vai. Mas não. A cada ano os programas espaciais dos países desenvolvidos sofrem cortes, não vejo ninguém morando em baixo d’água, e a principal fonte de energia do mundo ainda é o petróleo, que meu professor de geografia prometia que iria acabar 10 anos atrás.

Em um mundo perfeito, já teríamos tudo isso, mas não moramos em um mundo perfeito. Sofremos grandes revezes  mas estamos tentando. Claro que avançamos muito nessas mesmas áreas, hoje temos fotos fantásticas do espaço, conseguimos perfurar poços de petróleo a quilômetros abaixo do leito do mar (Petrobas e o pré-sal) e as fontes energética renováveis parecem estar tomando fôlego mundo afora (eólica, solar…), mas será que viverei o suficiente para ver tudo de um modo acessível?

Já vejo! Temos tudo isso, mas apenas em séries de tv e cinema. Depois de ver o UP em 3d e ver o comercial do Avatar, penso o quanto as pessoas do passado ficariam aterrorizadas em ver algo com tanta qualidade, e isso sem falar nos filmes em blu-ray que começam a se popularizar aqui. De um jeito ou de outro, o progresso sempre bate a porta, só é necessário pagar por ele. É tudo meio sem sentido, mas quem disse que a vida faz algum? A única coisa que realmente espero é ter meu próprio Gundam.

Hubble

Acho que não existe nada tão interessante como fotos ou videos do espaço. Durante muitos anos essas fotos foram feitas de forma continua por observatórios terrestres ou de forma temporária por satélites(devido a vida útil das máquinas) lançados no espaço, mas em 1990 isso mudou. Neste ano entrava na órbita da Terra o primeiro telescópio espacial, o Hubble.

Com ele os cientistas esperavam ter imagens incríveis e poderem se aprofundar nos mistérios do universo, mas graças a um erro, o espelho principal do telescópio estava colocado errado, gerando apenas imagens borradas. O erro só foi corrigido em 1993, quando uma missão espacial foi enviada ao telescópio. De lá para cá o Hubble fez imagens fantásticas, sofreu danos, recebeu reparos e esta semana está passando por uma recauchutagem, recebendo novos equipamentos e trocando baterias. Estes reparos estão 3 anos atrasados, já que todo o programa espacial ficou atrasado quando o Ônibus Espacial Columbia explodiu quando voltava para Terra em 2003.

Apesar de tudo o telescópio continou funcionando e mandando imagens fantásticas (como esta ai em cima), que podem ser vistas nesta galeria e na página do Hubble dentro do site da Nasa. São quase como pinturas e muito bonitas. Esperamos que com o novo equipamento ele consiga produzir mais imagens e novas descobertas. Aliás, no site da Nasa dá para acompanhar a missão de reparo com videos em tempo real. Simplesmente fantástico!

SpaceshipOne

O futuro realmente é assombroso. Enquanto o painel do ônibus espacial é cheio de botões, medidores e sabe-se mais o que, a da primeira nave comercial pilotada por um humano a voar fora da atmosfera, a SpaceshipOne é totalmente limpa e com poucos botões a serem apertados Clique na imagem para ver em tamanho maior.

Para quem não sabe a SpaceShipOne foi a ganhadora do projeto Ansari X, um prêmio de 10 milhões de dólares para a primeira nave reutilizável que voasse acima de 100 quilômetros duas vezes em um espaço de tempo de duas semanas. Claro que mais de 10 milhões foram utilizados no projeto da nave, mas logo depois de ter ganho o prêmio, o dono da Virgin America encomendou uma nova nave a SpaceShipTwo e fundou a Virgin Galactic, que deverá levar turistas para o espaço a um preço bem salgado.

Tanto a SSOne e a SSTwo partem de um avião que as leva até uma determinada altura. No caso da primeira era o WhiteKnight, e na segunda o WhiteKnightTwo. No Youtube tem os videos do documentário da Discovery sobre o desenvolvimento da SSOne, e tudo é muito interessante. Vale a pena perder algum tempo assistindo. No video abaixo mostra um dos voos, e justamente neste, o painel dá um problema e para de funcionar, mas mesmo assim tudo acaba bem.

Ônibus Espacial

Uma foto da cabine do ônibus espacial. O mais legal é que ela está em alta resolução, a Nasa disponibilizou ela aqui. O espaço é algo que sempre me fascinou, desde os contos futuristas até a tecnologia que os países possuem hoje. Apesar de que o painel do ônibus espacial não parece assim tão futurista, apenas um treco cheio de botões. E tem pedais! Geralmente no futuro que vemos nas séries ou filmes (não os que eram projetados nos anos 80, é claro) são cheio de telas e com poucos botões. Mas mesmo assim não deixa de ser algo fascinante.